Pessoas, em geral, recorrem a suas próprias observações dos fatos cotidianos para constituir um conjunto de conhecimentos que lhes permita entender, de forma mais ou menos ordenada, como funciona o mundo em que vivem. Algumas, mais que outras, defendem este empirismo como critério da verdade e tendem a adotar o senso comum em detrimento do conhecimento científico. Esta "ciência particular" tem seus desdobramentos em filosofias pessoais, nas quais as generalizações levam a visões de mundo que se afastam ainda mais do conhecimento científico e aproximam-se do misticismo e da pseudociência. Ainda, o empirismo descolado do pensamento crítico reúne afinidades que logo fazem surgir os líderes carismáticos, os falsos cientistas, as publicações de caráter duvidoso e todo um séqüito de crédulos. Ora desvirtuam os conhecimentos científicos e se apropriam indebitamente do rótulo da ciência; ora atacam o racionalismo científico por sua incapacidade de conceber o "transcendente"